QUASE AURORA : ACONTECEU EM 2021

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ACONTECEU EM 2021

Olá, pessoas incríveis! Feliz 2022!

O conteúdo mais aguardado de todo ano chegou! Se você é leitor do Quase Aurora há uns aninhos, sabe que desde 2016 faço o post "Aconteceu em tal ano" (com exceção de 2019). Fazer essa retrospectiva me faz olhar pro ano que passou de uma forma diferente, só que 2021 não foi um ano bom, foi muito, mas muito dolorido. Porém, eu escolhi olhar com bondade para o meu passado.

No finalzinho de 2020, minha mãe faria cirurgia pra remoção do câncer, como isso era uma notícia de alívio, ela e eu fomos comprar minha passagem para ir para o Rio de Janeiro porque ela já estaria operada quando o dia da viagem chegasse. Mas não foi isso que aconteceu. Ela teria que fazer quimioterapia e radioterapia. 

Só depois de muita insistência dela e choradeira minha é que consegui embarcar no avião rumo ao que seria minha nova vida. Compartilhei alguns dos meus momentos no Rio lá no canal e você pode assistir ao vlog 1 aqui - vlog 2 aqui. Voltar pra casa foi uma decisão tomada depois de choro, desespero e esfriar a cabeça. Eu fui até onde meu braço alcançou e até onde Deus mandou e essa foi a melhor escolha que eu poderia ter feito, mesmo sabendo que ficar por lá poderia me ajudar a crescer profissionalmente.

Cheguei no final de abril, faltando poucos dias para o meu aniversário e mais uma vez por insistência da minha mãe, fizemos uma festinha. Ela não estava muito bem, não conseguia se alimentar (o câncer era na língua), mas mesmo assim estava radiante com a decoração da mesa - ela amava uma mesa posta. Comemoramos só nós 4 porque mãe estava sempre com a imunidade baixa, então convidar alguém de fora estava fora de cogitação e confesso que foi bem melhor assim!

Em junho resolvi tirar um período off das redes sociais e estava me sentindo muito instável emocionalmente. Era uma mistura de medo com o que poderia acontecer com minha mãe, mas como ela estava bem, conseguia me manter firme. Já em julho, ela sentou comigo e disse "preciso de uma prova de amor sua"  e pelo tom sério eu sabia que não seria nada fácil.

Eu tenho trauma de agulhas e a prova de amor seria doar sangue para que ela tivesse bolsas disponíveis caso precisasse durante a cirurgia. E olha... não foi nada fácil. 10 minutos só para os enfermeiros me acalmarem e me apalparem em todos os cantos possíveis para achar uma veia, já que as minhas são muito finas e desapareciam com o nervosismo. Depois do sufoco, em um tentativa que poderia dar errado, eles acharam uma "bolinha" e com muito tato e lábia dos três (sim, foram três enfermeiros pra me acalmar e procurar a veia), conseguir doar sangue pra mãe.

Minha mãe não fez a cirurgia. Outro problema veio em seu caminho e em cinco dias de internação ela se foi. Eu estava com ela nos dias de internação, fui a última pessoa da família a ouvir suas palavras finais - que me deixaram em completo desespero. Fui a pessoa que agradeceu e se despediu em nome de todos porque, infelizmente, meu pai e irmã não conseguiram chegar a tempo. E assim, no dia 11 de agosto de 2021 eu perdi uma mãe.

Alguns dias depois, eu e minha irmã resolvemos ir para Fortaleza passar uns dias com nossos amigos. uma família que está conosco há mais de 20 anos, desde a época que todos nós morávamos no Rio de Janeiro. E foi muito bom. Fomos ao parque de diversões, eu e Karen jantamos no Paris 6 (confesso que estava com zero expectativas e amei), me aconselhei demais com Elaine (que era uma das grandes amigas de mãe).


Em setembro nós fizemos um bate-volta em Recife, que fica apenas duas horas de distância. Foi muito bom nos distrair um pouco, apesar do grande vazio que mãe deixou. Também foi o mês em que ao invés de me isolar do mundo, procurei sair com alguns amigos e chorar com eles e enquanto isso, meu pai ia para Minas Gerais passar um tempo com os pais.

E não é que dizem que quando estamos emocionalmente instáveis tomamos algumas decisões precipitadas ou que podemos nos arrepender depois? Mas essa aqui não teve nada disso! No exato dia em que completamos dois meses de falecimento, a Nina chegou. Demos esse nome porque era apelido de mãe e olha... ela nem se compara a todos os filhotes que já tivemos! A bicha é agitada igualzinha mãe era, talvez deveríamos ter dado outro nome kkkkkk. E não se enganem pelas fotos, ela já está enorme!
Finalzinho de outubro foi minha vez de ir à Minas e não avisei ninguém da família, só minha tia que iria me hospedar. Meus avós ficaram extremamente felizes com minha surpresa e nesses dias não fiz praticamente nada além de comer e dormir, até os registros praticamente não existem! E quando voltei, ainda em novembro, minha bicicleta estava me aguardando e eu pude finalmente colocar em prática o que sempre dizia: "se eu tivesse uma bicicleta, aproveitaria mais a orla". Mas confesso que nesses últimos dias a bichinha tá encostada...

Por fim, a tão sonhada segunda dose da vacina que não me deu reação alguma! Até achei que não tinha sido vacinada e surtei conversando nos stories. Falaram para eu aceitar essa bênção e não reclamar, mas no segundo dia comecei a sentir uma dorzinha, o que me deixou aliviada, confesso.

Final de ano meu pai e irmã foram passar em Minas Gerais, é aniversário do meu avô e 11 dos 13 filhos dele estariam presentes nessa época, até mesmo alguns netos distantes. Passei o natal e ano novo com meus amigos e foi divertido, fora da minha rotina, apesar de um pouco triste porque mãe faria aniversário no dia 23/12. Esse mês eu ganhei de presente um celular novo, estou com o iPhone 11 e amando! Já tinha passado do tempo de aposentar meu 7 plus que usava desde 2017. 

Também foi nesse mês que eu comecei a acrescentar um pouquinho de cor nos meus looks, usei na confra da célula um vestido que estava há anos guardado e percebi que comecei a ganhar peso ao ponto de apenas três calças estarem cabendo em mim. Sim, eu continuo magra, mas sair do 34/36 para um 38 extremamente apertado e caminhando para o 40 foi uma mudança muito grande! Várias roupas que só usei uma única vez não entram mais porque minhas coxas cresceram ao ponto de precisar de creme antiatrito para andar confortavelmente.
 
Não falo essas coisas de uma maneira negativa, mas pra quem mantinha o mesmo peso desde os 15 anos e vivia batendo os ossos da bacia de tão visíveis que eles eram, tem sido uma mudança e tanto! Essa mudança toda tem mexido um pouco com minha autoestima, confesso. Sei que engordei porque não estou emocionalmente bem e faz um tempinho que não vejo minha psicóloga, mas mesmo com tudo isso, me sinto bem de algum jeito estranho e inexplicável.

Só posso dizer que 2021 foi um ano puxado! Não tenho muitas expectativas para 2022, quer dizer, tenho apenas uma que vai influenciar demais minha vida e oro por isso. E antes que me esqueça, em 2021 comecei a tocar as coisas da minha loja pra valer e se tudo cooperar para o bem, vocês irão conhecê-la muito em breve! ❤




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