A primeira vez que assisti “Comer Rezar Amar”, percebi que havia
algumas identificações com a personagem Liz Gilbert. Eu me sentia completamente
confusa e sem saber se a vida que estava vivendo era realmente a que eu queria.
Cheguei até a cogitar se eu deveria fazer algumas viagens no mesmo estilo (é
incrível o poder de influência que um filme pode ter sobre nós), mas a verdade
era que assim como a personagem, perdida, eu precisava sair da minha zona de
conforto e buscar encontrar a mim mesma (e não necessariamente faria isso em
uma viagem).
Passei por processos de crise
existencial e acredito que todo mundo deveria passar por isso ao menos uma vez.
Ok, não é bacana ficar se questionando, se sentindo perdido e sem saber qual
rumo tomar na vida, mas vamos ser sinceros? Uma crise já abriu nossos olhos pra
muita coisa!
É difícil encontrar a si
mesmo, ainda mais quando você acha que passou anos sem ser alguém que é ou
fazendo coisas que você nem gostava tanto assim. É difícil achar a própria voz
e entender o que te faz feliz. Uma crise existencial é confuso e cheio de
descobertas e surpresas.
Mas a beleza de se encontrar é
saber que no final você irá rir do que lhe fazia chorar, irá entender o porquê
de chorar por aquilo, irá ignorar muitos acontecimentos e compreenderá que não
precisa falar sobre tudo, muito menos ter uma opinião formada sobre tudo.
À medida que você for se
encontrando, vai descobrindo que algumas pessoas não farão parte da sua nova
vida e será grato pela história que um dia construíram, afinal, essa pessoa
teve sua parcela de importância (ainda que as situações com ela tenham sido
ruins).
É difícil encontrar a si
mesmo, mas quando você se encontra, não tem nada que te faça retroceder, pois você
descobre uma versão de si mesmo que vale a pena amar e cuidar.
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