Ok, vamos fingir que não me ausentei por alguns dias aqui após ter prometido permanecer frequente...
Na semana passada li o seguinte texto "O vazio em cada curtida" e fique ruminando as palavras ali contidas por um bom tempo. Precisamos nos sentir aceitos de qualquer forma e se for preciso (em alguns casos), montamos uma imagem de quem não somos, afinal, em rede social quem sabe o que é ou não verdade?
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Na faculdade, em uma aula de cibercultura, a professora falou o seguinte "Atualmente, se você viajar para fora do país e não postar uma foto, significa que você não foi. As pessoas precisam de uma foto para acreditar na sua palavra." e isso é muito verdade! Nossa credibilidade está firmada em nossas redes sociais, assim como nossa auto-estima.
Conversando com uma amiga, debatemos sobre como as redes sociais afetam nossa auto-estima e principalmente nossa saúde mental. Existe uma pressão muito grande em ser perfeito e apresentar a vida ideal no feed organizado ou mostrar que é altamente engajado em todos os assuntos possíveis com um textão no Facebook, ter vários grupos no WhatsApp e responder as mensagens assim que o celular toca com a notificação.
Somos pressionados para ser aquilo que os outros querem e buscamos aceitação alheia ao invés da própria.
Lembro bem quando passei cinco meses sem celular e a cara que as pessoas faziam quando eu fala que não tinha. Era engraçado ver a reação no rosto de quem me achava um ser de outro planeta longe das redes sociais, mais engraçado ainda ver a interrogação de quem não compreende porque fiz um novo Instagram e tô muito bem com meus poucos seguidores.
Não construo padrões, não tenho feed organizado, muito menos vida perfeita. Tenho horário (estipulado por mim) para responder alguém no WhatsApp e passei a não atender ligações após às 23h. Busco aceitação em mim mesma, busco agradar a mim mesma.
A pressão da fábrica de ilusões muitas vezes passa despercebida e cresce de forma sutil em nossa mente e quando percebemos, somos pessoas carentes por likes, ansiosas, com síndrome do pensamento acelerado, síndrome do pânico e deprimidas. Tu já reparou na quantidade de gente que fica aflito por não ter a vida igual ou parecida com alguém que segue em rede social?
É triste.
Infelizmente eu já fui uma dessas pessoas e sei bem o que é sofrer por não ser a imagem que as pessoas fazem de mim. Eu não tenho a obrigação de suprir as expectativas que outras pessoas criam, nem você! É bom relembrar sempre que por trás de um bom texto existe pesquisa e estudo, por trás de uma viagem internacional existe economia e parcelas, por trás de uma foto existe um planejamento, ângulo e edição. Nada é perfeito e sim muito bem pensado e trabalhado.
Precisamos aprender a lidar com essa nova era digital, com esse mundo chamado internet. Nem tudo que está ali é realmente como é, então porque se cobrar? Porque se moldar de acordo com o que a sociedade diz que você precisa ser? Que nossa auto-estima não esteja fincada em likes e comentários, que nossa mente conheça a plenitude, que nossa aceitação se encontre em nossa essência e não online.
VOCÊ FALOU TUDO E MAIS UM POUCO!
ResponderExcluirEu acho incrível como realmente o mundo gira em torno de redes sociais, curtidas, mensagens e me impressionam demais ver que algumas pessoas vão para alguns lugares só pra mostrar que foram. É triste a sede dessas pessoas por coisas tão superficiais.
Eu esqueço de registrar vários momentos da minha vida e fico feliz porque significa que eu aproveitei o máximo que poderia. Eu parei de me importar com o feed do instagram quando estava olhando o feed de uma amiga e vi que o feed dela refletia a vida dela, enquanto o meu eram apenas fotos conceituais e organizadas para ganhar like e seguidor... Triste :(
Eu adorei o teu post!!
Carol Justo | Pink is not Rose
Fico feliz que tenha gostado, Carol. É ótimo debatermos sobre esse assunto e enfatizarmos a importância de não apensas registrar, mas aproveitar o momento e jamais basear nossa felicidade em likes!
ExcluirBeijo enorme ❤