QUASE AURORA

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E SE EU NÃO REGISTRAR?

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Não vou lembrar a exata idade em que naveguei pela world wide web pela primeira vez, muito menos qual foi minha primeira rede social, mas lembro de ter 8 anos e meu pai chegar em casa com um computador e minha percepção de mundo mudar por completo a partir daquele momento! Desde que criei meu primeiro blog e conta no finado e amado Orkut, sempre quis compartilhar minha visão sobre a vida, minhas ideias e pensamentos. Foi a partir dessa vontade que comecei a registrar os dias ordinários e extraordinários.

Sempre um vídeo, sempre um clique, sempre uma postagem de algo do meu conceito do belo.

Mas a vida acontece, fica mais corrida e você - às vezes - perde o momento, deixa o registro de lado e quando percebe, já não tem nada para compartilhar. E não, isso não é um problema, é apenas a percepção de que algo mudou.

Confesso que tenho me estranhado um pouco. Como assim não sou mais aquela mulher que amava compartilhar os detalhes da vida acontecendo? E agora fecha o mês sem ter um único registro das coisas que fez? Não é culpa apenas da correria, mas também da apatia que venho sentindo com muitas coisas.

E isso não se resume a um post no Instagram ou vídeo no TikTok, mas até mesmo minhas ideias de posts nessa plataforma. O que vou escrever para vocês? O que vou criar se pouco a pouco tenho perdido o brilho no olhar e minha criatividade? Essa parte de mim que sempre foi tão viva, tão essencial, se quebrou e não estou sabendo como consertar.

Tenho saudade - muita saudade - de quem era poucos anos atrás. Tento me reconectar com pelo menos aquela parte daquela pessoa, mas sinto-me cada vez mais distante…





TUDO QUE ASSISTI EM MAIO

Uma das coisas que mais gosto de fazer é ter uma tarde livre para sentar no sofá e assistir tv sem hora de parar, apenas quando meu corpo se entrega ao sono. Desde pequena sempre fui apaixonada por filmes e séries, tanto que minha mãe insistia para eu fazer algum curso de cinema kkkk, porém, nos últimos meses não consegui assistir tantas coisas porque muito não me agrada... então quando encontro alguma coisa legal, não vou sair de casa!

Como milhões de pessoas ao redor do globo, acompanhei a segunda temporada de The Last of Us, mas acho que ela nem conta, já que começou em abril... mas queria deixar registrado aqui o quanto amei e chorei nessa temporada e nem acredito que já acabou do jeito que acabou! O que houve com as séries de 20 episódios?!

A Descoberta das Bruxas ★★★★ | Foi um edit do TikTok que me apresentou essa série, mas não me deixou tão empolgada assim para dar o play, foi a insistência da Netflix ao ficar me recomendando e nossa, como sou grata kkkk. Fique obcecada e em duas semanas finalizei as três temporadas disponíveis e claro que como uma pessoa normal, fui bisbilhotar os livros na Amazon - o que me rendeu um baita spoiler da terceira temporada, mas eu amei!

Sinopse: Diana Bishop, uma historiadora e bruxa relutante que descende das bruxas de Salem, encontra um manuscrito mágico perdido, o Ashmole 782, durante suas pesquisas na Universidade de Oxford. Porém, muitas criaturas desejam possuir o livro. Para desvendar os segredos do manuscrito, Diana une forças com Matthew Clairmont, um enigmático vampiro e geneticista. Juntos, eles enfrentam ameaças de criaturas sobrenaturais e desafiam tabus ao viver um romance proibido entre bruxa e vampiro. (Disponível na Netflix)

Gosto bastante do visual da série, as atuações acho que são boas - mas não perfeitas. O que me incomoda na série são os vampiros que me parecem um pouco sem sal kkkk os demônios apenas existem, não fazem nada, não possuem nenhum tipo de poder; além disso, a passagem do tempo (no dia a dia mesmo), é um pouco estranha. De resto, acho que é uma série legal. 

Motorheads - Velozes e Apaixonados ★★★★ | O Prime video segue entregando boas séries! Essa eu assisti em um único dia de tão legal que é. Um drama juvenil, mas com problemas de adulto e embora um furo de roteiro me deixe muito incomodada, achei a série bem legal e espero que façam uma segunda temporada explorando o que ficou sem resposta.

Sinopse: O primeiro amor, a primeira desilusão e o primeiro carro. Ambientada em uma cidade da antiga região industrial dos EUA que, antes próspera, agora busca uma luz no fim do túnel, a série apresenta uma história cheia de adrenalina sobre um grupo de renegados que se unem pelo amor às corridas de rua, enquanto enfrentam a hierarquia e as regras do ensino médio, além de segredos familiares. (Disponível no Prime Video)

Lilo & Stitch ★★★★ | Eu tinha tantas expectativas para esse filme! Era meu favorito na infância e fazia meu pai rebobinar a fita VHS e assistir comigo uma vez atrás da outra, então de certa forma eu esperava viver aquela magia novamente, mas não aconteceu. Foi uma adaptação legal, mas senti que o roteiro quis focar mais na relação na Nani com a Lilo do que da Lilo com o Stitch. Algumas mudanças na história foram interessantes, mas senti falta de algumas cenas icônicas.

Sinopse: A adaptação live-action do clássico animado da Disney de 2002, traz Maia Kealoha no papel de Lilo Pelekai, uma garota havaiana solitária que vive com sua irmã mais velha, Nani, após a perda dos pais. Em busca de companhia, Lilo adota um "cachorro" peculiar, que na verdade é Stitch, um experimento alienígena geneticamente modificado para ser destrutivo. Juntos, eles embarcam em uma jornada que redefine o conceito de família e pertencimento. (Em cartaz nos cinemas)

Uma pequena observação: quando foi que as pessoas perderam a noção de como agir em uma sala de cinema? Quando eu era criança, meus pais me ensinaram a me manter em silêncio e quieta, mas hoje em dia você entra na sala e tem criança pulando, andando pra lá e pra cá... além de adultos fazendo fotos com flash, claridade do telefone no máximo e muita conversa! Tive que lidar até com gente ficando parado em pé na minha frente. Isso tem me desanimado cada vez mais a frequentar o cinema...

Máquinas Mortais ★★★★ | Já tinha assistido esse filme na época de lançamento, mas meu pai viu o trailer recentemente e ficou interessado, então resolvi chamá-lo para assistir. Ele gostou do filme, ficou impressionado com a capacidade de alguém ter tido uma ideia como aquela e fazer um filme tão doido kkkk e eu concordo! Reassistir esse me fez perceber que ele não é tão horrível quanto eu lembrava, na verdade, passei até a gostar.

Sinopse: Milhares de anos após uma guerra catastrófica conhecida como "Guerra dos Sessenta Minutos", que devastou a civilização e transformou a Terra em um deserto inóspito, cidades inteiras foram montadas sobre rodas gigantes e motorizadas, transformando-se em "Cidades Tração" que caçam e absorvem outras menores para obter recursos. Hester Shaw é uma jovem misteriosa movida pelo desejo de vingança contra Valentine, responsável pela morte de sua mãe. Durante sua jornada, ela cruza caminhos com Tom Natsworthy, um historiador de Londres que acaba sendo lançado para fora da cidade. Juntos, eles se unem a Anna Fang, uma fora-da-lei carismática e líder da Liga Anti-Tração, que busca impedir a destruição causada pelas cidades móveis. (Disponível no Prime Video)

E foi isso! Não assisti tantas coisas assim, mas me mantive entretida. Só achei engraçado que tudo foi quatro estrelas para mim, nada me cativou ao ponto de dar cinco. Acontece, né? E aí, o que você andou assistindo nesse mês?





TALVEZ EU DEVA VOLTAR A ESCREVER

É uma manhã chuvosa do lado de cá, estou diante da tela faz um bom tempo e não sei como escrever esse post de maneira coerente. É estranho escrever sobre querer escrever.

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Desde que me entendo por gente, amo a palavra escrita. Amo diários, amo blogs e newsletters, amo cartas, amo ler palavras no papel; então sempre pensei que faria isso - escrever. E a vida constantemente me levou para esse lugar de entrega, esse lugar que chamo de lar.

Muitos anos atrás, encontrei uma frase de uma autora que já não lembro o nome e que se tornou meu lema: escrevo para não morrer sufocada. E é isso que tenho feito ao longo da minha existência, tenho escrito para desabafar, para relaxar, para criar e também para me curar.

Durante esses muitos anos de escrita, nunca tive medo das palavras saírem meio tortas, erradas e desconexas, mas agora tudo parece precisar estar alinhado. Então já não sei mais como escrever e todas as minhas tentativas saem com sensação de estarem erradas, estranhas… e alguma outra palavra que não consegui encontrar para definir. 

Tenho sede e fome por escrever, mas parece que já não sei mais fazer isso. Fiquei enferrujada, e talvez, um pouco sem talento. Então chego a conclusão de que se quero realmente fazer isso agora e no futuro, preciso me reconectar com aquela parte adormecida, aquela que não se deixa sufocar pelo que não foi dito, não foi escrito. 

E confesso, é um pouco desafiador ir ao encontro dela porque aquela garota não passou pelas coisas que passei, não chorou as lágrimas que chorei e não viveu as perdas que vivi. Ela tinha um tipo de esperança diferente da que tenho hoje, suas palavras vinham com facilidade e certo brilho. A mulher de agora precisa enfrentar monstros para digitar uma linha, precisa tocar em sentimentos sensíveis.

Encontrar minha nova versão, meu novo jeito de escrever tem sido uma experiência de erros e acertos, e às vezes parece uma quebra de braços. Quem vai vencer? Não sei se me importo muito, contanto que eu volte a escrever.





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